Olá, leitores! Hoje trago para vocês a entrevista exclusiva realizada com a Eleonor Hertzog, parceira do blog, que já devia ter ido ao ar há semanas. Nela, a autora comenta sobre a sua vida, sua primeira obra publicada e a respeito dos autores que escrevem por hobby e dos que vivem das letras. Também cita os famosos e queridinhos: Crepúsculo, 5o Tons de Cinza e Guerra dos Tronos. Antes de matar a curiosidade de vocês, confiram a breve apresentação sobre a entrevistada, logo abaixo.

Olá, pessoal! Meu nome é Eleonor Hertzog e sou gaúcha de Porto Alegre. Pediatra por formação, sou escritora de coração. Leio desde que descobri o que eram livros; não vou dizer que escrevo desde a mesma época porque eu era realmente muito pequena. Mas, desde o primeiro livro, descobri que adorava contar histórias. No começo eram as dos livros. Mais tarde, as dos livros com alguns acréscimos. E, na adolescência, começaram a pipocar personagens, lugares e situações que não vinham de livro nenhum – estavam dentro de mim. Eu cresci, meus personagens se tornaram mais complexos. Eu aprendi, eles passaram a ver o mundo de outra forma. Tive filhos, eles souberam como ser pais e mães convincentes. O enredo se tornou mais bonito e complexo e, de repente, descobri que não tinha apenas uma história dentro de mim. Tinha mundos inteiros!
J: Para começar, fale um pouco sobre você.
E: Sou casada, mãe de três filhos e, em poucas semanas, serei vovó. Sou pediatra, profissão que adoro, e escrevo desde sempre, porque é uma coisa que também adoro. Moro numa casa com terreno muito grande, tenho diversos cachorros barulhentos, um monte de gatos que vivem de susto em susto, adoro jardinagem (mas tenho pouco tempo) e gosto de cozinhar também. Gosto de lavar louça, mas detesto secar, rsrs!


J: Sabemos que Cisne é a sua obra de estreia no mundo da literatura e, bom, tem que ter um certo fôlego para escrever 832 páginas, ainda mais se tratando de um primeiro volume de uma série. Quanto tempo você levou para produzi-lo?
E: Cisne é resultado do primeiro ponto de corte que consegui fazer em uma estória bem maior. Depois de separado do restante do texto, foram 3 anos revisando, polindo, cortando e modificando até deixá-lo pronto para sua primeira edição.

J: Como disse na resenha de Cisne, percebi que você introduziu bastante mistério à narrativa, de forma que a cada página um novo enigma aparece. Seu propósito ao inserir tal ferramenta na história era o de deixar o leitor sem unhas mesmo? Ou foi algo espontâneo ao escrever?
E: OMG, perdão pelas suas unhas, rsrsrs!
A intenção foi prender a atenção e ao mesmo tempo apresentar fatos, informações e características do ambiente em que tudo acontece.
Sugiro protetor de unhas durante a leitura de Linhagens...


J: Qual é o seu quote favorito de Cisne?
E: "Uma vida só é bem vivida se há nela coerência entre o que se acredita e o que se vive, e que acreditar em valores tais como verdade, honestidade e coragem de nada vale se essa crença não se torna ação concreta. Viver essa crença é o que dá ao ser humano seu sentido de honra e integridade."

J: Alguns autores escrevem por hobby enquanto outros vivem das letras. No segundo caso, você acha que a responsabilidade, o cuidado com a escrita e com o desenrolar da história é maior, pela preocupação com o retorno financeiro? Qual é a sua posição quanto a isto?
E: Eita perguntinha difícil de responder! Essa deve ser a décima tentativa de resposta. Vamos lá.
Acredito que responsabilidade e cuidado com seu enredo são características inerentes a todo bom escritor. Não há diferença entre quem escreve por hobby e quem escreve por profissão.
Quanto aos que escrevem objetivando o retorno financeiro, acredito (veja bem, EU acredito; não sei se é mesmo assim) que precisem se adequar aos modismos do mercado. Os melhores exemplos são o boom de vampiros desde Crepúsculo, e agora de erotismo após 50 Tons de Cinza.


J: Alguns dos seus leitores não gostaram muito da quantidade de personagens existentes em Cisne – “figurantes” também contam. O que tem a dizer sobre isso? Particularmente, uma história com muitos personagens te agrada ou te incomoda?
E: Bem, a mim os personagens em quantidade não incomodam, tanto que escrevo dessa forma. E tampouco me incomodam em livros alheios; sou uma grande fã de Guerra dos Tronos.
Sobre as (numerosas) reclamações sobre esse assunto:
1. Sim, há personagens “figurantes”, como os moradores de Porto Alto, que depois saem da trama. No entanto, enquanto a família Melbourne está na cidade, esses personagens precisam estar presentes. Não saberia escrever sem eles.
2. Sobre a quantidade “excessiva” de personagens principais, acreditem: todos são e serão necessários.
3. “Mas até na peça encenada tem mais personagens!” – também já ouvi isso. Pois é, tem: lorde Erestor e princesa Aurora. Não estão lá à toa. O que Erestor e Aurora fizeram, mil anos atrás, terá grandes repercussões na vida dos personagens atuais. Provavelmente, um dos primeiros livros independentes (fora de Uma geração. Todas as decisões, mas no mesmo universo) será sobre esses dois importantes personagens do passado.

J: Como surgiu a ideia de redigir a série Uma geração. Todas as decisões?
E: A estória se criou, por assim dizer, ao longo de anos de trabalho e imaginação. Pelo tamanho, foi forçada a se tornar uma série!


J: A série é composta por quantos livros? Se você ainda estiver escrevendo aos poucos, tem pelo menos uma noção de quantos serão?
E: No total, não sei quantos livros serão. O primeiro arco da estória tem 4 livros.

 

J: Quem leu a minha resenha sobre o Cisne, sabe que as últimas páginas do exemplar me deixaram boquiaberta e muito animada. Linhagens seguirá este ritmo?
E: O ritmo de Linhagens é muito mais rápido. O básico já foi todo apresentado, de modo que posso passar ao principal esporte de todo escritor: meter os personagens em confusões enormes, muito maiores do que um repórter mal-humorado a bordo.


J: Em uma postagem de seu blog, você comentou que sairá uma nova edição de Cisne, pela mesma editora de Linhagens. Disse também que, em muitas críticas sobre o seu primeiro livro publicado, a maioria dizia ter se incomodado com a grande quantidade de páginas para poucos capítulos, a falta de travessões e de marcações ao longo da história. Tem um tempinho em que soube que você já finalizou a nova edição, com todos estes detalhes corrigidos. Pode falar sobre isto?
E: Sempre escrevi no computador, não tinha ideia de que os capítulos diagramados ficariam tão imensos. Até eu me assustei, mas não tinha mais tempo de mudar para a primeira edição. Cisne, primeira edição, tem 20 capítulos. Cisne, segunda edição, tem 57. Acredito que os números sejam autoexplicativos. Incluí também os separadores de cena para marcar mudanças de lugar ou tempo. Quanto aos travessões, é hábito antigo meu, tanto que não consigo escrever usando travessões depois de diálogos... Mas, na segunda edição de Cisne, eles estão todos lá! Foram colocados para facilitar a leitura.
 

J: Para você, os blogs literários realmente ajudam na divulgação?
E: Não apenas ajudam, são essenciais! A divulgação dos autores nacionais fora dos blogs literários é extremamente restrita.

J: Muito obrigada por ceder esta entrevista exclusiva ao blog, Eleonor. Fico muito feliz com a nossa parceria e com a sua confiança. Gostaria de deixar uma mensagem para os leitores?
E: Primeiro, a mensagem para os leitores: leiam, leiam, leiam! Leiam de tudo, leiam sempre que puderem. Ler é tudo de bom!
Depois, a mensagem para a blogueira: foi a primeira entrevista que respondi a alguém que já tinha completado a leitura de Cisne. Adorei! Sucesso, Jeni, sempre!

2 Comentários

  1. Hey, adorei a entrevista.
    A autora é super simpática, morro de vontade de ler o livro dela. Espero ler em breve! E muito sucesso pros livros dela!
    Beijocas,
    Cindy, Livros e Piratas. Visite o blog! c: (tem resenha nova)

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  2. Oie amiga
    Adorei a entrevista da Eleonor. Muito boa mesmo.
    Beijos

    Jéssica
    www.leitorasempre.com

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