Ei, bonitinhos! Como vocês estão? Espero que ótimos, porque um peso enorme acabou de sair das minhas costas: a saudade que estava sentindo de vocês era imensa! Tenho algumas coisas para contar e novidades para trazer, se tudo continuar dando certo, na semana que vem. Mas não é para tagarelar que apareci hoje: recebi um convite de blogagem coletiva da editora Arqueiro e obviamente topei na hora. Esse é um assunto bem sério e que precisa receber mais um pouquinho de atenção.

Pois bem, infelizmente não é novidade para ninguém que tem crescido cada vez mais o número de homicídios e suicídios por vazamentos de fotos íntimas nas redes sociais, especialmente com o avanço da tecnologia e as várias facilidades que andam apresentando no que diz respeito ao compartilhamento instantâneo de informações. Com tanta praticidade ao alcance de um clique, muitas pessoas acabam esquecendo algo completamente crucial envolvendo a rede como um todo: uma vez enviado, um arquivo jamais poderá ser apagado como se nunca tivesse existido. Isto é, ele chegou a aparecer para alguns internautas e independente da duração da publicação antes da exclusão, prints podem ocorrer para eternizar certos deslizes. A questão se torna ainda mais complexa se acrescentarmos confiança em lobos vestidos com pele de cordeiro, que agora fazem promessas e amanhã não se importam em honrar a imagem daqueles que foram importantes em suas vidas. Pelo menos em teoria, já que existe tanta barbaridade por aí que fico boquiaberta.


Tenho muito nojo exclusivamente daqueles que apelam para a quebra da preservação da intimidade alheia com o objetivo de conseguir algo em troca - alguém precisa avisar que amor não pode ser adquirido com chantagem para essas pessoas, porque a coisa anda feia. Já assisti inúmeras reportagens de casos nos quais fotos, áudios e até vídeos foram espalhados em grupos virtuais, como se o alvo fosse um tijolo sem sentimentos, família e digno de respeito. O mais curioso, no entanto, é que cerca de noventa por cento das vítimas são mulheres. Já virou clichê: antes de terem a privacidade escancarada para quem tiver olhos, são humilhadas e desprezadas. Revoltante!

Há pouco visualizei um caso indiretamente relacionado a essa questão da vingança com nudes: uma menina que faz parte de um grupo de blogueiras divulgou a sua indignação com um rapaz (moleque, na verdade) que, sem mais nem menos, publicou em uma página um print da sua foto de perfil, no qual deixava marcado um comentário insinuante e repugnante feito sobre a sua pose. A garota respondeu pedindo respeito e o comentário que se seguiu foi debochado, ganhando destaque - na foto, a moça está ingerindo toddynho através de uma edição em formato de garrafinha com canudo, em uma padaria e o indivíduo soltou um "delícia" como se ela fosse um pedaço de carne. Como sua réplica deve ter causado constrangimento ao ego, a última atenção dada à postagem antes da reprodução proibida foi para alegar estar se referindo apenas à bebida e zombando da compreensão errada alheia - deixando no ar uma crítica à estética corporal e tentando fazer parecer que a errada da história seja ela. E pasmem: isso é comum de se ver em várias páginas! 

Na primeira semana de março outro caso, dolorosamente com final trágico, causou repercussão em diversos jornais conceituados: vocês provavelmente ouviram falar de uma universitária morta no laboratório da sua faculdade após ser dopada com clorofórmio pelo ex namorado. Gente, prestem atenção: o garoto confessou ter matado a jovem para os policiais na maior naturalidade do mundo. Sem nervosismo, sem gaguejar. Ele contou tudo, passo a passo. Até que chegou a tirar a calcinha da vítima, já falecida, mas que não fez nada! E sabem o que é mais surreal nisso? Ele alegou ter tirado a vida dela por não ter aceitado reatar o relacionamento! Loucura total! Incompreensível!

Empatia e justiça. Acho que é isso que anda faltando no coração dos outros ultimamente. Milhares de pessoas estão tirando as suas próprias vidas por vergonha da propagação de fotos que revelam as suas intimidades, sendo que foram enviadas por conta de uma confiança visivelmente equivocada e notada tempos depois; assédios verbais e consequentes vinganças com deturpações utilizando imagens estão se tornando mais frequentes; homicídios viraram moda por falta de memorização daquele ditado que comanda a vida: quando um não quer, dois não brigam. Onde vamos parar?

Tendo em vista toda essa polêmica, dois lançamentos do mês da editora Arqueiro se mostram leitura obrigatória para aqueles que querem acompanhar uma história (e sua sequência, pois a continuação foi publicada simultaneamente) que abrange vingança pornô por meio de fotografias e reviravoltas, ao que tudo indica. Profundo e Intenso, de Robin York, promete causar um reboliço tanto no meio literário quanto na mídia em geral, trazendo um assunto pesado de forma especial, digna de considerar os livros como os melhores do ano pelo Library Journal. E chega de rima porque está saindo sem querer! São quatro e meia da matina, meus morceguinhos! 

Primeiro livro da série Caroline e West, de Robin York
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Caroline Piasecki vê sua vida se transformar em um pesadelo quando o ex-namorado espalha fotos dela nua na internet. De uma hora para outra, sua reputação é arruinada e o futuro promissor que a aguardaria após a faculdade já não parece tão garantido. Desesperada, ela tenta fazer com que as imagens sumam da rede e, ao mesmo tempo, procura se defender da multidão de pessoas que a julgam. Um dia, quando um cara que ela mal conhece sai em sua defesa e dá uma surra em seu ex-namorado, tudo muda. À primeira vista, West Leavitt é a última pessoa de quem Caroline deveria se aproximar – ele tem um ar sombrio e ganha a vida de forma ilícita. Ela, por sua vez, é o tipo de garota que West sempre tentou evitar. Rica e privilegiada, jamais entenderia as dificuldades pelas quais ele já passou. Mesmo com todas as diferenças, os dois se tornam amigos. Com Caroline, West sente que fará de tudo para ser um homem melhor, e ela encontra nele a força para reagir. Quando parece impossível resistir à paixão avassaladora, West e Caroline descobrem que às vezes a única opção que resta é ir mais fundo.
Segundo livro da série Caroline e West, de Robin York
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A vida de West Leavitt foi do céu ao inferno em poucos meses. Ele achava que era possível ter um futuro melhor, mas acabou retornando para os dramas diários de sua família. Agora, em meio a uma tragédia, o rapaz não sabe o que fazer para ajudar Frankie, sua irmã caçula. Quando ele está prestes a desmoronar, só uma pessoa lhe vem à mente: a jovem segura e determinada que ele um dia pensou merecer. Longe dali, Caroline Piasecki sonha mais uma vez com West: a pele contra o seu corpo, o cheiro dele, a mão deslizando pela sua barriga... Mas sonhos são apenas sonhos. Ela sabe que o ex foi embora e não vai voltar. Por mais doloroso que seja, Caroline precisa se esquecer do tempo que passaram juntos. Até que seu celular toca e um West transtornado está do outro lado da linha. Sem pensar duas vezes, Caroline vai ao seu encontro. Só que muita coisa mudou desde que eles terminaram. West tenta afastar Caroline de sua vida de todas as maneiras. Ao mesmo tempo, o desejo que sentem um pelo outro parece ter ficado até mais forte no período em que estiveram separados. West ainda sente algo por ela, mas não se considera uma boa companhia para ninguém. Caroline quer estar nos braços de West, mas sabe que deve partir para que ele não sofra. Nesse embate de emoções, eles precisarão encontrar os próprios caminhos e descobrir: por mais intenso que seja o laço que os une, ainda é possível um recomeço?
Então, me digam: o que vocês acham disso tudo? Será que o avanço da tecnologia e as adaptações para maior praticidade dos aplicativos são realmente produtivas ou têm induzido atos impensados e irreversíveis? Até que ponto vale a pena confiar em alguém, na opinião de vocês? Viram o escândalo envolvendo a universitária que citei? Souberam do caso da blogueira? Esse mundo está pelo avesso.

8 Comentários

  1. Olá, Jeni!
    Tudo bem?

    Tenho lido essa postagem coletiva nos Blogs e eu adorei a ideia. É um assunto que merece ser discutido mesmo e eu acho justa essa ideia da editora. Adorei a ideias das capas que se complementam e quero ler sim os dois livros.

    Bjão.
    Diego, Blog Vida & Letras
    www.blogvidaeletras.blogspot.com

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    1. Oi, Diego! Tudo ótimo e contigo, moço?
      Embora seja suspeita para falar, também amei a ideia da editora e curti o fato das capas se complementarem. Faz todo o sentido com as sinopses, né?
      Um beijo!

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  2. Oi, Jenni! :D
    Que post interessante.
    Quem não tem uma conhecida ou amiga que já passou por isso, né?
    E o pior é que amigos homens já tiveram fotos vazadas, mas quem diz que alguém lembra ou fala sobre isso? Eles saíram foi ganhando, mas as meninas taxadas de vagabundas o resto da vida.
    Super interessante a premissa do livro!
    Eu quero ler. Esse lançamento da editora eu ainda não conhecia.
    :D

    Ei, seguindo o blog!

    Beijoooos

    www.casosacasoselivros.com

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    1. Oi, Teca! Pô, fico super feliz em saber que curtiu a ideia da editora. O projeto foi super informativo.
      Super concordo contigo! Já conheci homens que tiveram fotos de partes íntimas vazadas na web que no final das contas só conseguiram uma certa fama, enquanto algumas garotas que moravam na minha cidade se isolaram. Chato, né?
      Espero que tenha a oportunidade de lê-lo mesmo e seja bem vinda ao time!
      Um beijo!

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  3. Oi, Jeni!
    Nossa, que assunto delicado, gostei da forma como vc o abordou.
    Eu acho que a tecnologia pode ser usada a nosso favor, mas também muito contra. As pessoas ruins sempre existiram, mas agora, a exposição se tornou mais fácil.
    Vivemos em um mundo em que devemos ter cuidado com o que escrevemos na internet, tudo pode se tornar viral e acabar com uma vida.
    Se as pessoas fazem montagens para prejudicar os outros, imaginem quando vêem uma oportunidade dando sopa?
    Isso me assusta muito, para ser sincera. Não sabemos que rumo as coisas vão tomar.

    Beijossss

    Meu Meio Devaneio

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    1. Abuchaim, sua linda! Oi! Delicado mesmo esse assunto, viu? Especialmente por envolver tanta confiança e máscaras, no fim das contas.
      Super concordo contigo! Tenho ficado cada vez mais apreensiva com o rumo das coisas...
      Um beijo!

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  4. Olá Jeni, tudo bem?

    Primeiro preciso respirar rs
    Se os livros forem tão intensos quanto seu post com certeza vou gostar muito de ler. Não acompanhei o caso da blogueira, mas a da estudante, sim, pois gerou grande repercussão nacional. O que foi aquilo? Difícil de entender o que leva as pessoas a machucerem tanto aquelas que um dia juraram amar para sempre. É inacreditável. Esse problema da revelação dos nudes tem crescido muito. E, infelizmente, muitas mulheres tem sofrido com isso e algumas até se suicidaram. É triste. O amor realmente está se acabando no mundo. só isso explica tamanha maldade. Fazia tempo que não vinha aqui, Jeni. Lembro de um comentário seu no meiu blog de 2014 sobre um post que fiz sobre jornalismo e foi muito especial. Espero que esteja bem. Seu blog está lindo. Grande abraço.

    Fernando
    www.fernufala.com

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    1. Oi, Fernando! Tudo ótimo e contigo?
      Ah, que gentil! Não consigo compreender mesmo o que se passa na cabeça dessas pessoas. Parece que o amor tem se esfriado a cada dia mais, o que é uma pena. A intolerância, o egoísmo e sentimentos afins têm tomado conta de muitos corações.
      Ahhhhhh, mentira que você lembra? Jornalismo é vida!
      Estou melhorando aos poucos e pretendendo me estabilizar de vez por aqui.
      Espero que goste da mudança no layout!
      Grande abraço!

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